sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Le Roi Soleil*

          Estamos no início de fevereiro, mas o inverno para essas bandas de cá está longe de acabar! Sempre digo que o frio por si só não me incomoda (sempre gostei!), talvez sejam resquícios de anos e anos no inverno gaúcho. Mas é verdade que não consigo me acostumar à falta de sol e de luminosidade em si.
          Neste mês de janeiro, de acordo com os serviços de meteorologia franceses, o sol apareceu 33% menos que a média da época, o que já é baixo. A média em Paris foi de uma hora de sol por dia. Ou seja, dias cinzas, chuva fina, morosidade no tempo e nas pessoas.
          Algumas pessoas podem achar bobagem, mas cientificamente é provado que a falta de luminosidade apresenta conseqüências sobre o organismo.
         Trata-se de um fenômeno bem conhecido dos psiquiatras e psicólogos: a depressão invernal ou sazonal (transtorno afetivo sazonal de acordo com a classificação oficial), que ocorre em relação com um período particular do ano e que apresenta sintomas como uma necessidade maior de sono, fissura por carboidratos, aumento de apetite e peso, e fadiga extrema. O transtorno é mais facilmente encontrado em localidades em que existem reduções significativas das horas de sol nos períodos outono/inverno. Esse fenômeno atinge muito mais mulheres do que homens e começa cedo, geralmente entre os 20 e 30 anos.
          Tudo isso para dizer que acho que entro nesse grupo de pessoas que apresentam esse transtorno durante o período invernal. Sinto-me cansada, sem energia, sem vontade de fazer nada. Meu humor é instável, qualquer coisa pode me tirar do sério (falta de senso de humor) ou chorar. Sylvain tem dificuldades para entender o que se passa, ele não entende como uma pessoa pode ser facilmente influênciada pelo sol (ou ausência dele). Mas basta o sol brilhar lá fora e eu fico toda alegrinha, bem serelepe, coloco meu casaco, minhas luvas, cachecol e gorro (acessórios indispensáveis de inverno) e estou pronta para bater perna em qualquer lugar, mesmo que os termômetros marquem temperaturas negativas!
Enquanto muitas pessoas fazem terapias com lâmpadas especiais, ainda prefiro recarregar as minhas baterias naturalmente.
Sei que ninguém está com inveja da forma que encontrei de tomar sol!

* Le Roi Soleil na verdade é o apelido do Rei Luis XIV, mas utilizei aqui na história para ressaltar que o Sol é o rei na minha vida.

7 comentários:

Inaie disse...

engracado que eu so me dei conta da importancia do sol quando me mudei para a Nova Zelandia, onde nao e muuuuito frio, mas os dias sao curtos no inverno. as vezes eu me sentia um ratinho, saindo de casa no escuro e voltando no escuro...

Tatiana disse...

É incrivel, mas parece que realmente o sol tem poderes incriveis no nosso humor!!!
Entao o negocio é aproveitar o maximo quando ele aparece,ne Mi??
Beijocas!!

Rosangela disse...

Milena vc tem razão quanto ao sol, eu costumo dizer que sou movida pelo sol, ou seja o sol me ilumina, me sinto alegre e feliz com a presença dele, e em dias nublados ou chuvosos me sinto triste sem vontade pra nada ...
bisoussss

Lu disse...

xiii.. eu q sou do Rio, acostumada com o sol... aiai, oq vai ser de mim no nooooorte? rsrs

Milena F. disse...

Meninas, obrigada pela força!!!
Felizmente o solzinho voltou a aparecer por aqui, ainda que um pouco tímido, e posso aproveitar para fazer a minha fotossíntese!!!

Beth Blue disse...

Depressão sazonal não é bobagem não...a falta de luminosidade também me afeta e muito. E olha que moro há quase 17 anos na Holanda.

Difícil acostumar, mas quando faz sol eu faço o mesmo que você e corro pra rua. Ou na pior das hipóteses, para a varanda do meu apartamento porque não moro em casa.

Visite o meu blog, somos quase vizinhas!

Enaldo Soares disse...

Concordo com todo mundo. O clima nubaldo é mesmo um dos motivos dos altos índices de depressão e suicídio nos países mais frios.