domingo, 11 de agosto de 2019

Yogyakarta, a alma de Java

Java é a ilha mais povoada da Indonésia, com mais de 135 milhões de habitantes nesse espaço "pequeno".
Se a grande parte dos turistas evita Jacarta, eles são numerosos em Yogyakarta e sua região, à procura da arte de viver dos habitantes de Java, seus templos de perder o fôlego e seus vulcões (dos 120, 17 estão ainda em atividade).

Porém na nossa opinião Yogya (para os íntimos) vale a pena como ponto de partida para visitar os locais da região como os templos de Borobodur et Prandaman (além de outros menos famosos na região, são dezenas), além dos passeios nos vulcões

Fora isso andar pela rua Malioboro e fazer compras. O melhor lugar para comprar tecidos e lembrançase preço imbatível. Não encontramos a mesma diversidade em nenhum lugar de Bali.

A visita do palácio (Kraton) onde ainda mora o sultão e sua família achamos sem interesse. Um guia simpático que contratamos na entrada fez a visita ser mais interessante mas nada que nos encantasse.
Interessante foi o espetáculo que marionetes com instrumentos de de música, esse sim valeu a pena e Valentine adorou!
As ruas ao redor são bem agradáveis com seus comércios e artesanado, e são muitas ruelas com algumas coisas para visitar como o Water Castle (uns guias indicam o caminho, é um pouco difícil de encontrar). Mas já era passado do meio dia, um sol escaldante e não encontramos lugar para comer então resolvemos voltar para a rua Malioboro.

Ficamos em uma agradável guesthouse um pouco afastada, em um bairro mais calmo (mas para atravessar as ruas maiores era um caos, a circulação da cidade é um verdadeiro horror).
No primeiro dia nos indicaram um restaurante próximo com comida da Sumatra e era um local bem simples, somente com locais, nada em inglês. Com o celular o atendente tentou nos traduzir mas ainda assim a gente não entendia nada e fomos olhar a comida e escolhemos algumas coisas simples que era mais próximas da comida ocidental. Pagamos muito barato e foi o suficiente.
Nas outras 3 noites fomos testar um outro restaurante mais longe e adoramos a comida (indonesiana) e o ambiente. Eram poucos turistas (a maioria prefere comer pizza ou hamburguer)


Transportes
A idade chegando e o fato de viajar com nossa filha pequena (quase 3 anos) nos fez optar pela praticidade, nada de perrengue. Já no primeiro dia perguntamos na guesthouse o que eles propunham para visitar os templos da região e eles tinham contatos com motoristas para o dia. O preço estava no nosso orçamento e aceitamos sem pestanejar. Em dois dias foram 2 motoristas diferentes, ambos muito simpáticos, conduta segura, carro espaçoso. Falavam pouco inglês, explicando o básico.

Para os deslocamentos dentro de Yogya mesmo, optamos pelo Becak, um estilo de bicicleta (elétrica ou não) que transporta os passageiros em um compartimento adaptado na frente. Adrenalina garantida, folclórico e usamos pois eles são muito simpáticos (e honestos, ao contrário dos tuc tucs de Bangkok que podem causar muita dor de cabeça), mas cofesso que talvez tenha sido um tanto inconsequente com uma criança. Naquele transito todo ficamos completamente desprotegidos sem cinto de segurança nem capacete.

No último dia, para ir ao aeroporto, nossa guesthouse nos chamou um veículo de aplicativo (um concorrente do que todos conhecem) e ficamos chocados com o preço tão barato para um carro novo, confortável e com ar condicionado!

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Jacarta, porta de entrada da Indonésia

Jacarta é uma cidade gigantesca e a capital do arquipélago da Indonésia. Não é exatamente o local sonhado para uma viagem de turismo mas para muitos uma passagem obrigatória para outros destinos da região.

Em primeiro lugar viajar para a Indonésia é uma viagem longa, muito longa, mesmo saindo daqui da Europa onde moro, e em alta temporada as passagens de avião não são muito baratas. Optamos então por chegar em Jacarta através de um vôo Air France/ChinaEastern saindo de Paris com uma escala em Xangai.

Chegamos completamente esgotados às 22h30 (mesmo sem atrasos, tudo correu como previsto) e pegamos um taxi diretamente para o hotel. Com uma criança de quase 3 anos e em uma cidade tentacular desconhecida, para nós foi a melhor opção. Neste horário tardivo, através do taxi, percebemos uma cidade com pessoas em todos os cantos e stands de comida para todos os lados. O povo parece amical e sorridente.

Tivemos um dia inteiro e resolvemos ir até a parte antiga da cidade, o bairro chamado Kota Tua com seu passado colonial holandês, superanimada em um dia ensolarado.



Museu Wayang
Passagem no museu dos marionetes, wayang Golek et Kulit, esses teatros de sombras tradicionais. Para quem quer comprar para colecionar ou presentear foi o melhor lugar que vimos. Não compramos pois era o inicio da viagem (não queríamosnos sobrecarregar) e no final foi difícil encontrar peças de qualidade mais tarde.




Aproveitamos para almoçar no Café Batavia, parada obrigatória para qualquer turista na cidade, com seu ambiente colonial e sua cozinha holandesa colonial. Um local lindo, comida deliciosa, um momento que realmente valeu muito à pena.




Foi depois disso que o passeio se estragou um pouco. Olhando no mapa parecia perto e de facil acesso ir até o porto e mesmo ao Alcol Dreamland (com a sua area verde, aquário), fomos caminhando, caminhando, sem chegar à lugar nenhum! Um tráfico intenso de carros e motos, praticamente não tinha calçada, um horror para atravessar as ruas e nunca conseguimos achar! As placas indicavam mas a cada vez tinha uma passagem bloqueada, uma estrada em reformas, um guardinha impedindo a passagem. Caminhamos por umas 3 horas naquela confusão de ruelas, Valentine dormindo no carrinho, até que me bateu o desespero que ira escurecer e não queria ter que refazer todo o caminho de volta com uma criança que iria acordar e nem tinha calçada para andar! Conseguimos encontrar um transporte (uma sorte de van que pega passageiros) e pedimos para nos deixar na parte turística na praça Fatahillah, perto do Café Batavia! Ufa, enfim em território familiar.

Refizemos o caminho de volta para o hotel onde descobrimos um encantador templo budista e jantamos em um Food Market aberto antes de voltar para o hotel.




Não tivemos tempo de passar pela Praça Merdeka com o monumento National, a Mesquita Istiqlal, o Museu Histórico de Jacarta, Chinatown... Ou seja, Jacarta tem do que se ocupar para quem quiser!

(data da visita: 6 de agosto de 2019)

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Viajar com crianças, maravilhoso ou perrengue?

Viajar com a Valentine é algo tão normal para a gente que ainda nos surpreendemos com a surpresa e incredulidade dos outros.
Vamos falar de alguns mitos e verdades?


 1. "Eles não vão lembrar de nada": provavelmente não, ao menos não da forma como concebemos a memória, mas tenho a conviccão que muitas coisas ficarão impregnadas em seu espírito.
Ela volta e meia nos fala de alguma coisa que aconteceu há bastante tempo e que tínhamos esquecido.

 2. "Eles não vão gostar, vão se entediar". Ainda não aconteceu. Acredito muito em preparar a viagem, mostrar livros, imagens, contar histórias, dar vontade. A Valentine gosta de "arrumar" a mala e escolher seus brinquedos e livros. Se diverte durante todo o vôo, gosta menos do trem mas ainda assim se diverte. Adora hotéis e o café da manhã, restaurantes. Nos acompanha em museus e se intetessa e curte muita coisa neles, acha tudo lindo. Nesta idade é fácil pois tudo interessa e vira brincadeira.



 3. "Vai ser muito cansativo". Provavelmente vai, pois temos que cuidar de uma pessoinha e chegando exaustos no hotel dar ou supervisionar o banho, ler uma história, brincar um pouco, preparar as coisas para o dia seguinte, imagina esquecer de algo importante... ou seja, a rotina de ser mãe e pai continua. E esses momentos de cumplicidade são inesquecíveis.


4. "Os pais não vão aproveitar". Depende do que é aproveitar para cada um. Com ela visitamos todos os lugares que desejamos, só tentamos adaptar escolhendo restaurantes e comidas que ela vai gostar, evitamos lugares muito barulhentos como shows, programas muito tarde (já estamos velhos, só de vez em quando), seguimos um ritmo mais lento e não subiríamos com ela o Monte Fuji e seus 3.700 metros de altitude como fizemos em 2015 antes dela nascer! Mas sobra muita coisa para fazer com as crianças e os japoneses até sobem quando elas são maiorzinhas!