terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Passeio pelos Alpes Franceses

Na semana passada a região parisiense foi invadida por uma frente fria que trouxe muito frio e muita neve... E eu que adoro frio e neve passei o final de semana inteiro doente, imprestável e sem vontade de fazer nada além de dormir.

Essa semana, devidamente recuperada, convenci o maridão a acordar muito cedo, pegamos o TGV e em menos de 3 horas estávamos em Chambéry, uma cidade da região Rhone-Alpes, o que chamamos de Alpes Franceses. De lá, um ônibus nos deixou em cerca de meia hora na estação de esqui La Féclaz, que com o Le Revard e Saint-François-de-Sales formam 3 portas de entrada do Savoie-Grand-Revard,  um dos mais belos domínios esquiáveis da França, no Parque Natural do Massivo des Bauges.

Eu ainda nunca esquiei, e como não teria tempo para aprender, a idéia era fazer caminhada a pé. Ali são cerca de 60km de itinerários para os caminhantes em "raquettes" (umas pranchas de plástico nos pés), mas também acessível com calçados previstos para a neve. O nosso trajeto foi de cerca de 5 horas (2h30 de ida e o mesmo tempo de volta).
Para algumas pessoas pode parecer loucura ver essa imensidão de neve, mas para uma grande parte dos franceses (e imagino que seja assim em muitos países europeus), a neve e as atividades de esporte e aventura ligadas a ela são verdadeiras paixões nacionais. De crianças a idosos, são atividades para todos os gostos.  
 Um passeio muito agradável em total comunhão com a natureza...
 Na maior parte do tempo estávamos sozinhos. Até fiquei com um certo medinho de nos perdermos, já que tudo é branco e tudo se parece.
 Mas o caminho era relativamente bem indicado, aos poucos a gente foi se acostumando e foi bem fácil voltar.
 Encontramos bem poucas pessoas, alguns caminhantes como nós, todos muito sorridentes e sempre diziam "bonjour", prática muito comum por aqui que eu já tinha relatado no nosso passeio a Etretat.



Mas um dos momentos mais agradáveis foi quando, quase de volta ao pé da estação, cruzamos um grupo de cachorros... Eu sou apaixonada por cachorro e esses amiguinhos da neve!
 São muito lindos e muito fofos!!!

Nada muito badalado nem extremamente turístico.
 La Féclaz é uma pequena estação familiar, então vemos muitas crianças aprendendo ou já esquiando. Fica fácil entender como, adultos, essa gente se locomove sobre dois esquis como se nunca tivessem feito outra coisa na vida!!! 
Os alojamentos parecem bem agradáveis! Um dia eu quero alugar um verdadeiro chalet perdido no meio da montanha e na neve, com um cachorro e uma lareira, meu marido poderá pintar à vontade e eu fico ali com as minhas leituras, longe do mundo...

 Voltei com as energias completamente renovadas!!!

Alguém duvida???


Informações práticas: a entrada no parque é gratuita, mas é necessário pagar para utilizar as pistas de esqui, que são de cores verde (as mais fáceis, para debutantes, passando pelas azuis, vermelhas, até as temíveis pretas). Quem não tem equipamente pode alugar facilmente. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Hangzhou, mais bela cidade do mundo segundo Marco Polo...


Hangzhou impressiona por suas cores, sua modernidade e ao mesmo tempo seu pé no passado. Uma cidade bonita e moderna mas que não abandona suas tradições:

 Mesmo se encontramos ali as grandes redes de restaurantes internacionais, ainda está presente a culinária local e tradicional:

Não me cando de falar do lago, um local de tranquilidade, paz, mas ao mesmo tempo de sintonia com as pessoas. A gente se sente praticamente um chinês ali no meio dessa paisagem toda.


Durante o dia nenhum problema, mas assim que começa a escurecer não podemos abrir mão de um repelente de mosquitos. Para a nossa sorte, ele estava comigo naquele momento e foi a nossa salvação. Foi a primeira vez que usamos em toda a viagem. Para informação, um repelente europeu funciona sim na China, e assim que aplicamos os mosquitos deixaram de nos picar como num passe de mágica!




 A noite na cidade é bem animada. Nós ficamos nas ruas populares e turísticas, mas tem muito restaurante, bar e discoteca da moda.
 Antes de irmos embora nos deparamos por acaso em um conjunto e algumas "ruelas" que parecem ter ficado parados no tempo... Uma memória que (por enquanto) a cidade deixou das construções do início da Republica Popular da China. Trata-se de um conjunto residencial chamado Tiandefang. Ali moravam alguns catadores de garrafas de plástico (uma verdadeira instituição na China, eles estão em todos os lugares e não deixam uma única garrafa de plástico ou metal esquecida das lixeiras ou ruas).



Essa história das garrafas de plástico, mesmo conhecendo dos catadores de lixo no Brasil, na China me pareceu bem mais forte e um trabalho bem mais "limpo". Eles chegavam a nos esperar finalizar nossa água ou outra bebida para pegá-la assim que colocávamos no lixo, as vezes chegavam a nos pedir. Mas em poucos dias a gente já olhava para os lados e entregava direto, para recebermos em troca muitos sorrisos e "agradecimentos". Apesar de ser um trabalho intenso, na China me pareceu mais discreto e como eu disse, limpo, pois esses coletadores de garrafas são limpinhos e vestidos como eu e você (ok, Sylvain e eu estávamos um pouco mulambentos!). Eles andam pelas ruas como um turistas, com uma sacola "cabas" dessas que usamos para ir aos supermercados aqui na Europa, não sei se chegou ao Brasil. Depois eles vão até o intermediário, geralmente morador de um desses bairros mais esquecidos no tempo, e trocam as garrafas por dinheiro. 
Um trabalho como outro qualquer e que ainda preserva o meio ambiente e mantém a cidade limpa!!!

E para terminar Marco Polo é um personagem em destaque em Hangzhou, venerado por ter sido o primeiro homem a construir uma ponte entre a cidade e a Europa.
Há mais de 700 anos em suas famosas viagens, ele foi parar em Hangzhou, que mereceu um longo capítulo em seu famoso livro. Ele citou 10 cidades da China, mas se refere a Hangzhou como a mais bela e magnífica cidade do mundo... mesmo se na época ela estava parcialmente destruída pelos mongóis! De que ficar muito orgulhoso!!!

Para entrar no clima, um videozinho caseiro (que não é bem o forte do Sylvain nem o meu), mas que não deixa de ter o seu charme com a trilha sonora original:

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Comidinhas de Madri

Quem conhece a minha paixão por provar a gastronomia local não vai achar uma heresia se eu disser que Madri me prendeu pelo estômago... Comidas para todos os lados e de todos os tipos... Tenho certeza que vocês vão encontrar alguma coisa apetitosa!

1. Uma das vantagens é que quase tudo fica exposto em "vitrines", assim é mais fácil escolher com os olhos e apontar, caso falhe o espanhol!!!







 2. Na maioria dos lugares se come em pé, no bar... Claro que tem rstaurante em que todo mundo fica sentadinho, mas pelo menos em Madri, quem ia nesse tipo de restaurante eram mais turistas mesmos. Faltou um bom endereço para testarmos. Mas mesmo esses bares "a tapas" muitas vezes tem uma decoração caprichada!

 3. Sempre me diziam que a comida era barata na Espanha. Talvez por ser a capital, achei que os preços não eram lá tão atraentes...

 Comentei com algumas pessoas que apesar da Espanha estar vivendo uma crise avassaladora, nos bares de Madri não vimos nada disso. Tudo lotado a todas as horas do dia e as pessoas comendo, bebendo, até não poderem mais... E a conta? A gente via notinha de 60€ para todos os lados, apenas uns tapas e umas bebidas para duas pessoas. 

3. E a paella??? Imagino que a melhor deve ser aquela que é comida na casa de alguém... Os restaurantes ou outros lugares que vimos (tem uns 20 em cada esquina) pareciam um pouco armadilhas para turistas). Provei duas e gostei, mas nada de diferente do que já comi antes.


 Porém esse arroz preto nunca tinha visto antes!!! Realmente original!
 5. E os doces? 


Sylvain fez esse sacrifício em nome do blog e provou os churros com chocolate quente que parece que é imperdível em Madri. ele aprovou. Eu, muito religiosa que sou, resolvi entrar no clima da festa religiosa de Almudena (em novembro) e provei todos os doces comercializados nesse dia:


Em algumas confeitarias a multidão era tanta que só era possível provar com os olhos, do lado de fora.

Ok, confesso que todas as manhãs o nosso café da manhã era em uma confeitaria. Por cerca de 5€ tínhamos duas bebidas e dois doces (ou salgados). Basta escolher nas vitrines e comer ali mesmo no meio do povo, no maior clima de descontração.


6. Os presuntos:


7. E para acompanhar tudo isso?

Minha conclusão? Que Madri é um risco para quem está de dieta... mas uma vez só, de vez em quando, que mal tem?