domingo, 21 de junho de 2015

O que comer na Tailândia?

Uma viagem para Tailândia representa uma explosão de sabores, uma viagem à parte para os apaixonados por gastrônomia, com a condição de ser aberto aos novos sabores e suportar um pouco pimenta e especiarias.

O que dá o sabor à comida tailandesa é em primeiro lugar os alimentos frescos, mas também os condimentos e ervas: coentro, curry, capim-limão, cebolinha, pimenta, gengibre. Pode parecer um pouco exótico (para não dizer estranho) para quem não está acostumado, mas aos poucos as papilas gustativas vão se acostumando a todos esses novos sabores e pedem cada vez mais!

Um dos pratos simples, bons e baratos é a famosa Pad Thai
Noodles de arroz acompanhadas de frutos do mar, carne ou vegetariana, com amendoim, castanha de caju, broto de soja, coentro, cebolinha, ovo... Essa foi a melhor, em Phuket.

Em Bangkok



A base da alimentação dos tailandeses é o arroz, tanto como prato principal quanto acompanhamento, e preparado de diversas formas diferentes: com peixe, camarão, siri, gado, porco, legumes, ovos, tudo o que você puder imaginar vai encontrar.

Eu sou bem curiosa e não tenho medo de comer em feiras (tudo depende, é claro), então a maioria das nossas refeições foram em feiras ou restaurantes simples. Eu provava de tudo, mas o Sylvain ficava nos "clássicos" e evitava tudo com legumes, o que já restringe bastante.

Como vocês podem ver, geralmente eles são bem generosos nos legumes

Camarões fritos
Todos os dias ele pedia frango com amendoim ou castanha de caju!
Segundo ele, esse de Khamphaeng Phet foi o melhor

Frutos do mar
Curry vermelho

Tem gente que pede "com pouca pimenta", mas na duvida peça sem. Porém não é possivel com todos os pratos: por exemplo, um curry vai ser sempre forte em pimenta...

Provei de tudo, curry vermelho, verde, amarelo, melhor ainda se fosse um molho com leite de coco... Um mais delicioso do que o outro!

Salada de papaya verde. Isso mesmo, a fruta é utilizada ainda verde (a mais clara na foto), bem crocante e com outros legumes como a cenoura, na receita original vai pimenta.

Como eu não conhecia o nome dos pratos nem sabia pronunciá-los, preferia escolher assim, mas não se enganem, esses verdinhos são bem apimentados!

Em Krabi

 Em Chiang Mai

O pepino serve para atenuar o "picante"
Se mordeu pimenta, não heside, coma o pepino!

Ou então, quando ninguém entendia uma das linguas nas quais me viro, o jeito era olhar os pratos dos outros e pedir a mesma coisa

Gostamos muito dos ambientes das feirinhas norturnas (como em Krabi) e na feira de domingo de Chiang Mai, lotada de gente, muito animada, mas ambiente bem familiar e inclusive os jardins dos templos abertos, onde podiamos utilizar as mesas e bancos instalados para a feira. Mas lembrem-se que os tailandeses costumam jantar cedo!





Frutas são encontradas em todos os cantos da Tailândia, desde as nossas amigas melancia, abacaxi, manga, já vendidas cortadinhas para o consumo rápido e fácil, até as mais diferentes.

Contudo quem gosta de doces, não é na Tailândia (nem na Asia em geral) que vai encontrar a felicidade... Porém a exceção é o delicioso "arroz doce com manga" (stick rice with mango). Humm, me deu água na boca só de lembrar e agora vou ter que correr atras de um restaurante que faça isso!

Também gostei muito de uma espécie de panqueca/crepe de banana, mas eu pedia sem leite condensado, pois eles tem mania de colocar leite condensado em tudo.

Durante a preparação
 Depois de pronto

Ah, sem esquecer as deliciosas bananas fritas ou cozidas de diversas formas!

Durante as 3 semanas não fiquei doente nenhuma vez, somente o Sylvain ficou enjoado em um passeio de barco, mas o mar estava bem agitado, então não foi devido à comida.

Algumas recomendações para os estômagos sensiveis que podem sofrer em viagens:

- só beba água mineral e verifique que a garrafa não foi aberta anteriormente;
- lembre-se que o gelo também é feito de água. Na duvida da procedência, prefira bebidas sem gelo;
- opte por legumes COZIDOS e evite tudo o que for cru se não tiver confiança no lugar. Isso porque os legumes podem ter sido lavados com uma agua duvidosa;
- como as frutas são consumidas cruas, prefira as frutas cuja casca não seja consumida, pela mesma razão acima;
- não queira sair provando tudo em poucos dias. Aprecie aos poucos, nada de sair misturando tudo;
- se não suportar temperos, peça sempre sem pimenta (no spicy). Os tailandeses que são acostumados com turistas vão entender.

E você, já teve a oportunidade de provar a verdadeira cozinha tailandesa? 
O que achou?
Quais desses pratos teria vontade de provar ou não comeria de jeito nenhum?
Participe!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Como é morar no exterior?

Todos os dias recebo dezenas de mensagens de pessoas que dizem que não aguentam mais morar no Brasil e querem deixar o país.
No meu caso não foi assim. Nunca tive nada contra o Brasil e apesar de ter uma origem simples e ter estudado em escola publica, tinha sido aprovada em uma excelente universidade publica, esforcei-me bastante, fiz diversos estágios, me formei, consegui um emprego na área que eu buscava e ainda atendia paralelamente no meu consultorio. Conseguia economizar e viajava um pouco, e provavelmente se tivesse ficado no Brasil hoje eu teria uma carreira estabilizada, meu carro e teria financiado uma moradia (pois tinha o sonho de morar sozinha, contudo não queria pagar aluguel).

Porém o que aconteceu comigo foi uma insatisfação interior, eu era (e sou) uma eterna insatisfeita. Quando cheguei onde sempre quis estar, já não era mais isso que eu queria. Queria ver o mundo, fazer alguma coisa diferente. Freud já tinha me alertado.

Durante toda a minha adolescência sonhei com o Japão ou os EUA, mais tarde com a França e a Alemanha, e também sempre quis conhecer a China ou a Russia (não exatamente morar nesses lugares).

Era uma insatisfação comigo mesma e com a vida que eu levava, e um conjunto de circunstâncias me trouxeram à França. Poderia ter sido a Alemanha, a Inglaleterra ou a Itália, mas foi a França, não sei explicar direito, foi algo que aconteceu naturalmente e eu decidi agarrar essa oportunidade, "pagar para ver", voltar mais tarde. Era uma experiência que eu PRECISAVA viver. Desejo ou necessidade? Provavelmente os dois.

Algumas pessoas tiveram comentários maldosos do tipo "em dois anos vai voltar com o rabinho entre as pernas e dois filhos debaixo dos braços" (?!?). Justamente eu que saia de um relacionamento sério de 3 anos, então acho que eu não tinha lá essa fama de "avoada". Mas algumas pessoas falam e são maldosas mesmo, e pelo que tenho visto nesse mundo afora, infelizmente tenho a impressão que é no Brasil onde as pessoas mais cuidam da vida dos outros. 

Para mim foi tão natural chegar aqui na França, me virar no meu francês muito básico, aprender a cada dia palavras novas. Tive a sorte de conhecer um amigo, um companheiro que se tornou o meu marido e que me ajudou nessa adaptação. 

Eu sou o tipo de pessoa que prefere fazer as coisas sozinha e gosto de estar sozinha, então essa forma de "exilio" nunca me incomodou. Muitas pessoas não gostam da minha personalidade, por essa auto-suficiência. Vivo a minha vida de forma a tentar não depender dos outros e consequuentemente sou menos disponível aos outros. 

Quando cheguei aqui passava muito tempo nos transportes diariamente para ir à Universidade, eu sozinha com os meus livros, e os contatos multiplos (mas superficiais) que ali realizava era suficientes para mim. Passava boa parte do meu tempo livre passeando pela cidade, visitando museus ou olhando vitrines, atividades que nunca me importei de fazer sozinha. Gostava de ir ao supermercado e passava horas descobrindo os produtos que para mim eram novidade e gostava de observar o que as pessoas colocavam no carrinho (uma prática que sempre repito nas minhas viagens). Ia à piscina e gostava de ler nas bibliotecas de Paris, aprendi que não é o fim do mundo ir ao cinema desacompanhada ou sentar em um café, mas ainda não gosto de ir ao restaurante sozinha. 

Como em uma corrida, podemos estar rodeados de milhares de pessoas, mas estamos sozinhos, cada um diante de seus próprios limites. 
Vai depender de nós mesmos desistir ou avançar, de ninguém mais. 
E isso é genial.

Gosto de estar sozinha, gosto do silêncio. 
Ha muitos anos não preciso ligar a tv para sentir uma "presença".

Em outubro de 2009 começei a trabalhar na minha empresa atual, mas no inicio era apenas um emprego temporário, queria entrar na vida produtiva, ganhar um pouco de dinheiro, mas na época trabalhava menos, conciliando com os estudos. 
No trabalho não foi fácil no inicio, não fui muito bem aceita por algumas pessoas, mas hoje olho para trás e percebo que não era "preconceito", mas sim porque eu tinha uma forma diferente de trabalhar e de pensar que não combinava com a forma de trabalhar da empresa e da França em geral. Comecei a ter mais auto-confiança e fui observando os outros e aprendendo com alguns comportamentos que achava bons, e jogando fora outros que eram ruins, e aos poucos fui sendo não apenas aceita, mas apreciada e mesmo elogiada. Recebi diversas promoções e novas responsabilidades nos ultimos anos e fui ficando, pois mesmo se o que faço hoje não tem relação direta com a minha formação de Psicóloga, gosto do meu trabalho e sou feliz assim. 


Paralelamente, fui ficando na França pois o meu casamento está dando certo e aqui escolhemos para viver. Tenho 6-7 semanas de férias por ano, nas quais sempre viajamos e nas outras 45-46 semanas trabalho, curto a vida parisiense tão rica em atividades culturais, gastronomia e lazer e não tenho tempo de reclamar nem de sentir falta do Sol do Brasil nem do calor humano brasileiro, que sinceramente, nunca foi tão evidente para mim. 

Não vejo o Brasil tão ruim assim como alguns dizem, mas sempre repito que não me encaixo numa certa mentalidade brasileira para a qual tudo é feito para os ricos, que só os ricos são valorizados. Não quero viver em uma sociedade em que somente o médico, engenheiro e advogado sejam considerados pessoas de valor. Na qual para se ter um emprego "correto" é necessario ter doutorado. Em que as pessoas são julgadas pelo carro que têm ou o lugar onde passam as férias. 
Sim, como eu entendo que muitas pessoas não apreciem a minha personalidade!!!

Sinto falta da minha família, e muito,  de alguns amigos e alguns lugares, mas aprendi que no meu caso, saudade dói mas não mata. Não podemos evitar a dor, mas depende de cada um sofrer ou não.

Passei 28 an os da minha vida no Brasil. Não tenho a pretensão de ser vista como "uma francesa", inclusive o meu diferencial aqui é ter uma outra bagagem. E no meu dia a dia (que é bem carregado) de trabalho, obrigações e lazer nem dá tempo de sofrer preconceito.

Essa é a minha historia com a Europa, que esta dando certo há quase 7 anos. Não quer dizer que seja a melhor, nem tem nada de especial, mas é a minha. 
E nem digo que seja melhor viver na França. Eh o melhor para mim e por enquanto. 

Quem sabe o que é melhor para você é você mesmo, não é?

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cadeados em Paris

Os tais "cadeados" do amor andam tomando conta não soh de Paris, mas de diversas outras cidades européias.

Essa semana foram retiradas 45 toneladas de cadeados foram retiradas da Pontes das Artes (Pont des Arts), em Paris.

Vocês têm idéia do que representa 45 toneladas de LIXO, somente em UMA ponte? Sem contar as milhares de chaves que são jogadas do rio Sena diariamente?




Fico realmente chocada que os turistas sigam repetindo essa ação sem se questionar. Não passa pela cabeça das pessoas que essa pratica é uma grande falta de respeito com o patrimônio historico, arquitetônico e com o meio ambiente dos outros?


Explicando melhor sobre os cadeados (tradução aproximativa): "O peso do seu amor pesa sobre o patrimônio e coloca em perigo os visitantes da capital. Paris retira os cadeados porque nossas pontes não resistirão ao seu amor. Desde 2008 vocês foram numerosos a trocar promessas de amor e colocar seus cadeados em uma ponte parisiense. Essa pratica degrada duravelmente o patrimônio e causa problemas de segurança."

Os painéis são em francês e inglês, mas acho que mesmo quem não lê nenhuma dessas linguas pode compreender.

Existem muitas outras formas de manifestar o amor. 
Viajar para Paris com o seu amor jah é uma delas, ninguém precisa de cadeado!

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