segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Viajar para Paris depois dos atentados?

Des os terríveis atentados, tenho recebido muitas mensagens de pessoas que estavam com passagens compradas para a França ou com um projeto de viagem e agora não sabem se mantém, cancelam ou mudam de planos.

Quem vive aqui não está deixando de viver suas vidas, trabalhar, ir ao cinema, ao restaurante. A vida continua. Não podemos nos desesperar e nos deixar vencer pelo medo e pelo pânico. Temos mais chances de morrer em um acidente de trânsito ou de câncer do que em um ataque terrorista. Isso é fato. Ontem mesmo estive em uma exposição no Petit Palais, passei pela Ponte Alexandre III e depois Chatelet et Saint-Michel e tudo estava normal, muitos turistas nas ruas.

Mas eu entendo que os turistas estejam apreensivos e tenham perdido uma boa parte da motivação. Quem vem para curtir férias, aproveitar, viver uma experiência unica não precisa passar por tudo isso, por isso a decisão é individual, de cada um.

Na minha concepção não podemos viver em uma democracia e liberdade sem riscos, enquanto existem pessoas que justamente condenam a liberdade e a democracia. O proprio Primeiro Ministro francês disse que não existe "risco zero". 

Particularmente eu acredito muito em destino, e para sofrer um atentado todas as condições do azar devem estar reunidas, como estar no lugar errado e na hora errada. 

Atualmente todos os lugares turísticos estão abertos, assim como bares, restaurantes e lojas. Os transportes também funcionam normalmente. 

Houveram diversos ataques terroristas reivindicados por Islamistas nos ultimos anos. Não quero relativizar,  o problema é grave, deve ser combatido, mas ao mesmo tempo esses lugares são ainda muito turísticos e turistas vão e voltam todos os dias com toda a segurança: Nova Iorque em 2001, Bali em 2002 e 2005, Madri em 2004, no metrô de St Michel (Paris) em 1995, em Luxor (Egito) em 1997, varios atentados no metrô de Londres em 2005, diversos atendados na India nos ultimos 15 anos que nem pude contar, Jordânia em 2005, Glasgow (Escocia) em 2007, metrô de Moscou em 2010, Estocolmo em 2010, Frankfurt em 2010, 2014 na Bélgica, 2 na Australia em 2014... A lista não é completa, nem coloquei os lugares menos atraentes para os turistas brasileiros, como recentemente a Tunísia, outros países da Africa, Líbano, Paquistão, Iraque, Síria, etc...

Para quem pretende manter a viagem à França (mas vale para qualquer lugar), vale algumas recomendações:
Não recuse cooperação à policia ou outras Forças de Ordem. Muitas pessoas podem responder de forma agressiva do tipo "eu não tenho nada a ver com isso, sou brasileira!", quando na verdade eles estão fazendo o trabalho deles. Se precisar, mostre bolsas, tire o casaco, deixe-se revistar (homem por homem, mulher por mulher).
- Ao entrar em um lugar fechado, sempre localizar as saídas de emergência. Para o meu marido isso é automático, inclusive no Japão a primeira coisa que ele fazia chegando no hotel era localizar todas as saídas, escadas, lanternas de emergência, etc (em caso de terremoto). Infelizmente muitos morreram ou ficaram feridos na casa de show Bataclan pois não encontraram as saídas. Na hora do pânico, as pessoas iam para qualquer lado, portas sem saída, quando tudo isso está muito bem indicado. 
- Em lugares abertos, estar atento à pessoas de comportamento suspeitos. Isso vale também para evitar roubos.
- Chegue mais cedo aos aeroportos ou estações de trem, pois os controles estão reforçados, evitando assim qualquer atraso. Coopere.
- Caso atravesse fronteiras de carro, esteja pronto para um controle mais reforçado. Coopere.
- Evite piadinhas do tipo "acham que tenho uma bomba?" Lembre-se com essas coisas não se brinca, ainda mais nesse momento!
- Cuide muito bem de seus pertences, por favor!!! Todos os dias, mesmo antes dos atentados, os transportes param prejudicando muita gente ou fechando lugares públicos porque alguém simplesmente esqueceu uma mochila, sacola ou pacote. Além de prejudicar o trabalho da polícia, gerar movimentos de pânico e medo, atrasar a vida de moradores e outros turistas, você ainda corre o risco de ser multado ou ter seus pertences destruídos. E caso note um objeto abandonado, informe.
- Informe amigos ou parentes sobre suas datas e roteiros, e tente mandar notícias regularmente. Assim evita que a família entre em pânico desnecessariamente caso um problema ocorra em uma cidade e o viajante esteja nesse dia em outra. Se possível confie à alguém as datas, números e horários de vôos e deslocamentos. Isso vale para qualquer tipo de problema.

- Mas o mais importante de tudo, fiquem sossegados, Paris continua linda!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A vida continua... tem que continuar

Hoje, 3 dias após os atentados que mexeram com a França e com o mundo, a vida teve que continuar.

O que mais me chamou a atenção foi o silêncio no metrô. Geralmente é aquela muvuca, tem sempre os mal-educados falando alto no celular, fazendo questão de mostrar a música que estão escutando para todo mundo. Nada disso, hoje as pessoas pareciam se olhar umas para as outras com um olhar de interrogação, ou então olhar para o vazio. Eu que sempre reclamava do barulho, senti tanta tristeza com esse silêncio.

Tudo parecia muito lento. Os passos geralmente tão apressados dos parisienses pareciam no modo "camera lenta".

Fui encontrar o meu marido às 16h30 na saída da escola (uma das 4) em que ele trabalha, que fica  a poucos metros dos locais dos atentados. Há 6 anos ele passa praticamente todos os dias diante de dois dos locais onde houveram os atentados.
 Os dois restaurantes ficam de frente um para o outro, cortados por uma rua.
Ao contrário do que andaram dizendo em alguns artigos brasileiros, o bairro não é classe média ou classe média-alta, é sobretudo um bairro popular, com muita imigração. Inclusive essa escola em que trabalha o meu marido é considerada em uma zona de educação prioritária, com muitas famílias em condições sociais ou econômicas precárias, os alunos falam mais de 60 línguas diferentes. Mas ao lado disso tudo famílias com melhores condições que gostam de morar no meio de toda essa diversidade de culturas. Franceses de espírito mais aberto e que frequentam ambientes populares e sem frescura. E as crianças de todas essas familias tão diferentes estudam nas mesmas escolas, brincam nos mesmos jardins e tomam banho na mesma piscina municipal.

5 minutos à pé fica a Place de la Republique, palco de manifestações e homenagens. Ali muito silêncio e emoção.

Seguimos em direção à casa de espetaculos Bataclan, onde 89 pessoas perderam a vida, passando por dois outros locais de atentados. Ali não dava para se aproximar, a policia bloqueou toda rua, o que não impediu as homenagens.
Tudo ali pertinho, foi uma caminhada bem curta, fica fácil entender como os criminosos conseguiram atingir tantos pontos e tanta gente em tão pouco tempo.

Anda circulando por aqui uma mensagem que teria sido publicada em um comentário sobre os atentados no jornal New York Times, que deixou os franceses ainda mais orgulhosos de seu modo de vida. Segue uma tradução aproximativa:

"A França representa tudo o que os fanaticos religiosos odeiam: curtir a vida de diversas pequenas maneiras diferentes: uma xícara de café perfumado com um croissant, mulheres bonitas em vestido curto que sorriem livremente, o cheirinho de pão quente, uma garrafa de vinho compartilhada com amigos, crianças que brincam no Jardin du Luxembourg, o direito de não acreditar em Deus, de paquerar, fumar e fazer sexo sem casamento, ler qualquer tipo de livro, ir à escola gratuitamente (e eu acrescentaria meninos e meninas!), brincar, rir, discutir, fazer piadas de religiosos e homens políticos, deixar aos mortos a preocupação sobre o que existe no lado de la. Nenhum país aproveita melhor a vida do que a França."

Ninguém merece morrer porque gosta de sentar em um bar para beber uma cerveja (ou vinho), sexta à noite! Nem porque gosta de sair, escutar musica, dançar e se divertir.

E para aqueles que se perguntam, eu não tenho nenhuma dúvida, Paris nunca sera destruída! E o que não mata, nos deixa ainda mais fortes.

Inclusive o lema de Paris é "Fluctuat nec mergitur" (battue par les flots, mais ne sombre pas), o que significa: sacudida pelas ondas, mas não afunda.

sábado, 14 de novembro de 2015

Atentados Terroristas em Paris

Paris amanheceu chocada e de luto. 
Já são 128 mortos e mais de 250 feridos, dentre eles 99 em estado bem grave. 
Mas não vamos nos desesperar, não podemos ceder ao objetivo do terrorismo e nos aterrorizar, a vida tem que continuar. 

A França é o país da democracia, dos direitos, da liberdade e da cultura, e são esses valores que estão sendo atacados! Não podemos aceitar! Algumas pessoas que pensam que o mundo é Disneyland vão dizer "mas é culpa da França devido às suas intervenções militares na Síria ou no Iraque". 

Mas vocês sabem mesmo o que acontece lá? 
Al-Qaeda é inimigo de todos (e mais ainda dos direitos humanos), o Daesh (Estado Islâmico) ataca o mundo inteiro, inclusive sua própria população, que foge todos os dias por milhares tentando entrar na Europa. São cruéis, são bárbaros, fanáticos. 
E a França (assim como outros países) não pode deixar que eles continuem ganhando terreno e "dominando" o mundo com a sua violência e intolerância, até porque tudo acontece não muito longe daqui, a Europa é muito pequena, são poucas horas de voo! 

Será que alguém pensa mesmo que os outros países podem ficar só olhando de fora, de braços cruzados, enquanto eles se matam e destroem o Oriente Médio? Hoje é a França, amanhã pode ser o mundo inteiro!



Fotos pessoais das manifestações de janeiro/2015 em Paris

 P.S.: Ontem estavamos em casa no momento dos atentados, um acaso, pois sexta à noite gostamos de ir jantar em algum restaurante (inclusive na rue de Charonne, onde os terroristas atacaram), ir ao cinema ou teatro, e ainda essa semana fomos a um show no Olympia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Primeiro contato com a Tailândia

Pouco escrevi aqui no blog sobre a viagem incrível que fiz no ano passado para a Tailândia e hoje decidi começar a remediar essa imensa falta de consideração por esse país e povo que acolhe tantos turistas!!!

Se os brasileiros ainda não são multidão nesse canto do mundo, europeus, americanos, australianos e outros asiáticos são adeptos há muito tempo. As más línguas poderão tecer alguma ligação com o turismo sexual, mas isso seria ignorar todos os outros atrativos da Tailândia: um destino considerado barato, com praias paradisíacas, história e patrimônio cultural, povo acolhedor e comidas deliciosas

Mais uma vez, quando eu buscava um destino "bom-bonito-e-barato" e falei da Tailândia, meu marido fez cara feia e saiu com a sua frase agora bem conhecida: "mas todo mundo vai para a Tailândia!". Para ele não tinha nenhum mistério, nenhuma descoberta, e ainda por cima ele não curte muito praia ou ficar se dourando no Sol. 

Mas ele sabia mesmo assim que o país conta com sítios arqueológicos impressionantes como Ayuthaya e Sukhotai e depois de muita conversa consegui convencê-lo a dividir as férias entre praia e visitas culturais.

Nossa viagem foi minimamente organizada: tínhamos em mente os lugares que queríamos visitar mas não sabíamos exatamente como seriam os deslocamentos e quantos dias ficaríamos em cada destino. Queríamos uma total liberdade para ficar mais tempo se necessário ou ir embora mais rápido se a gente não gostasse.

Fomos com a cara e a coragem, pois julho e agosto na Tailândia são épocas de chuva e mar agitado na maior parte do litoral (com algumas exceções). Mais uma vez tivemos sorte: pegamos umas 5 pancadas de chuva (em mais de 3 semanas) que durava uma meia hora cada uma, bastava nos abrigar em algum templo e esperar passar.

Chegamos no pequeno aeroporto de Phuket em um vôo vindo de Kuala Lumpur (Malásia) operado pela companhia lowcoast Air Asia. Vôo muito tranquilo e pontual. Decidimos começar nossa descoberta da Tailândia pelo sul, subindo direto ao Norte (Chiang Mai) e depois descendo aos poucos até Bangkok para evitar de passar duas vezes por Bangkok, economizando tempo e energia em deslocamento. 

Era final de tarde e a imigração foi muito tranquila. Brasileiros não precisam de visto mas precisam de vacina contra febre amarela (não que a Tailândia seja um país de risco, mas como muitas outras nações, eles consideram que o Brasil é). Porém ali não me pediram nada, talvez porque meu vôo viesse da Malásia onde justamente não adiantou eu insistir e provar que morava e estava vindo da França (para quem não pedem a vacina), fui enviada à salinha da vigilância sanitária para mostrar meu certificado de vacinação e carimbarem o meu papel. 

Escolhemos Phuket pois é a maior ilha da Tailândia, com praias fantásticas. Mas infelizmente eu não tinha obtido nas "negociações" (com o marido) dias suficiente para fazer a volta pela ilha e tivemos que nos concentrar no nosso objetivo: Ko Phi Phi. Optamos por reservar a primeira noite na cidade mesmo de Pukhet (Pukhet Town) pois vimos que dali saiam mais facilmente os ferrys até Ko Phi Phi.

Notamos que muitos taxis coletivos com preços interessantes eram propostos para quem ia para Patong ou esse lado da ilha, mas muito pouco para Pukhet Town. Felizmente tinhamos pesquisado com antecedência o ônibus (e horários) e não tivemos problema nenhum em encontrá-lo, mas os taxistas nos diziam que o último já tinha passado. Poderíamos ter optado pelo taxi, mas quem segue o meu blog sabe que gostamos de "aventura" e nos misturar com a população local, e o ônibus foi realmente local, com 100% de tailandeses (trabalhadores do aeroporto e alguns voltando de viagem).

No nosso hotel fomos muito bem acolhidos, deixamos nossa bagagem e saimos descobrir o anoitecer na cidade. Para a nossa supresa, na Tailândia escurece cedo no verão (18h já começa a fazer noite, enquanto na França 21h ainda é dia!) e as pessoas jantam cedo. Melhor correr para não encontrar os restaurantes locais fechados!

Esse é um erro dos turistas ocidentais acostumados a comer tarde: eles só encontram restaurantes totalmente turísticos onde o atendimento é muito mais voltado para o dinheiro, com clientes turistas. Ou seja, é legal se você quer encontrar outros viajantes, mas eu particularmente gosto de comer com os locais e a mesma coisa que eles, ser tratada como eles, ver como eles vivem (e de preferência pagar o mesmo preço que eles). Agumas pessoas não vêem a necessidade, mas para mim faz toda a diferença e enriquece a experiência de uma viagem, e só mesmo assim para ter um verdadeiro contato com os moradores.

Foi assim que encontramos uma rua com alguns restaurantes simples com mesinhas nas ruas e nenhum turista. Fomos muito bem atendidos, comemos muito bem por um preço irrisório. Depois fomos tentar encontrar o mar (que nunca encontramos), mas nos deparamos com uma feirinha local e muitas famílias passeando.


Na volta para o hotel, já um pouco tarde, passamos por diversos bares/restaurantes onde a clientela era composta exclusivamente por turistas e muitas meninas (ou trans?) tailandesas se mostravam presentes para o que o turista precisasse... Não chegou a nos incomodar e a cidade mesmo se não era muito bonita, era muito calma, dormimos muito bem, nada de barulho de festas, bagunça. E o mais importante, nos sentimos à anos-luz de casa, o que para nós é sempre uma das alegrias e o que buscamos nas nossas viagens.

Mas o que tem para fazer em Phuket Town? Na verdade não muita coisa. Podemos caminhar pelo centro da cidade e observar a arquitetura sino-portuguesa da época colonial e visitar alguns bonitos templos e agradáveis feirinhas. As pessoas ali ficam como base para visitar o resto da ilha, pois muitos transportes saem dali para praticamente todas as outras praias e destinos turisticos da região, ou então alugando uma scooter ou carro. Além disso, como eu disse mais acima, é considerado um dos pontos de partida para as ilhas mais famosas, como Ko Phi Phi, e muito mais autêntica e calma que as praias.






Porém, mesmo se gostei da experiência, se fizesse hoje a mesma viagem, teria escolhido Krabi Town (outra cidade e outra ilha) como base para visitar Ko Phi Phi, pois muito mais barato e cidadezinha mais bonitinha, bem clima de praia. Ou adoraria voltar para conhecer melhor a Ilha de Phuket em si.

domingo, 8 de novembro de 2015

Himeji-jo, o castelo mais bonito do Japão

O mais bonito, o mais suntuoso e o castelo melhor preservado do Japão é segundo muitas fontes o Castelo de Himeji, que fica na cidade do mesmo nome, a meio caminho entre Osaka e Okayama/Hiroshima pela rede ferroviária.

Deixo vocês tirarem suas próprias conclusões:

Impressionante do alto da colina, ele foi residência de 68 senhores (feudais). Se não bastasse a sua imponência, ele também é famoso por ser um dos únicos a ter sobrevivido na sua construção de origem, que data de 1580 (mesmo se foi aumentado algumas décadas mais tarde, em 1609). Seu projeto é em madeira (recoberto de alvenaria) sobre fundações em pedra. Um exemplo de arquitetura de defesa do período feudal japonês, com suas torres de guarda, suas fossas, labirinto para chegar até a entrada do castelo e subir todos os andares. Na prática suas funções nunca foram testadas, pois coincidiu com uma longa época de paz no território.

Tivemos muita sorte, pois o castelo de Himeji (também conhecido como o castelo da "garça branca", em referência à sua cor) passou por um longo período de reformas e quando o visitamos em julho deste ano estava visível em todo o seu esplendor, branquinho e ainda mais lindo que qualquer outra imagem vista anteriormente!


Porém, não espere ser o único visitante. Além de muito célebre para turistas do mundo inteiro, os japoneses também adoram visitá-lo, ainda mais nesse momento para conferir os resultados das reformas. Aliado a isso, nossa visita caiu em um lindo domingo de verão.


O acesso ao parque do castelo é gratuito, mas ao Castelo em si é pago. Existe muita fila e mesmo se a construção é enorme e dividida em 6 andares (ou 5 ou 7, depende do seu ponto de vista!), não tem como acolher todos ao mesmo tempo e gera muito tempo de espera. No auge do verão alguns ventiladores foram instalados na parte externa (mais quente do lado de dentro), assim como bruma de água para refrescar os turistas. Parece que a prefeitura limita o acesso diário à 15 mil pessoas, então melhor não chegar tarde e prever no minimo 4 horas, para poder ver tudo (contando com o tempo de espera).

Por apenas alguns yens a mais, prefira o ingresso com acesso ao jardim Koko-en, que mesmo se é um jardim recente (porém nos modelos tradicionais), não resta menos agradável, e com uma vista privilegiada do castelo.


Mas vale a pena visitar o interior do castelo?
Em primeiro lugar você atravessa uma boa parte do planeta para chegar até lá, seria uma pena ficar somente olhando do lado de fora. Mesmo se o interior é relativamente vazio (sem movéis, decoração), o que impressiona são as estruturas em madeira para suportar esse colosso, os labirintos de salas e corredores, as escadas... Um exemplo de arquitetura japonesa que não temos oportunidade de ver de perto todos os dias.

Quem é cinéfilo certamente já o viu em algum filme de Akira Kurosawa e um James Bond de 1967 (Com 007 só se vive duas vezes). Sim, ele é uma das arquiteturas mais filmadas do Japão!


Apesar dos terremotos, tufões, incêndios e os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial, ele continua em pé. Ainda por muitos e muitos séculos, eu espero.

Informações práticas:
A cidade de Himeji nos pareceu muito agradável, bonitinha e segura, como a maioria das cidades do país, mas optamos por não ficar nenhuma noite, usando-a somente como passagem. O castelo fica a cerca de 20 minutos à pé da estação de trem (em linha reta) do mesmo nome Himeji, e pode ser visitado de Osaka, Kyoto ou mesmo Hiroshima. 
Para evitar o bate-e-volta e ganhar tempo, incluímos essa visita após Hiroshima (de onde saímos cedo pela manhã) e deixamos nossa bagagem no guarda-volumes da estação de trem (seguro e pratico).

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