Nunca chegamos a ter muitas "surpresas" desagradáveis em viagens, pois buscamos tantas informações e verificamos cada detalhe, o que minimiza consideravelmente os riscos. Já li e ouvi muitos casos de pessoas que chegam até o castelo de Versailles justamente no dia em que está fechado, ou no Louvre (os dois clássicos de "dar com a cara na porta") e aí nem sempre podem voltar e acabam tendo que ir embora sem fazer essas visitas que estavam inicialmente nos planos. Quanta gente vai para o aeroporto errado, ou no horário errado ou mesmo esquecem coisas importantes como... o passaporte! Não, nesses pontos básicos somos ultra-rígidos e verificamos todos os documentos, horários e direções antes de cada deslocamento.
Mas nem por isso deixamos de viver nossos momentos engraçados... O mais angustiante foi o episódio de Datong, na China, quando o nosso hotel "desapareceu", tendo se transformado em uma loja no dia para a noite (literalmente). Ou o nosso último dia em Pequim, que começou com uma chuvinha que atrapalhou nosso passeio ao Palácio de Verão e se transformou em uma tempestade com direito a ruas alagadas e tudo. A saída que encontramos foi visitar um museu, jantar e voltar descalços para o hotel, colocando os tênis nas mochilas e vestindo as jaquetas de chuva SOBRE as mochilas (que não eram 100% impermeáveis, enquanto as jaquetas sim). Desta forma os tênis estavam secos para a continuação da viagem, cuja próxima etapa era um percurso noturno de trem.
Infelizmente não podemos controlar as forças da natureza :(
Porém vamos falar da mais recente viagem, que se terminou ontem:
- Na segunda noite o marido decide fechar a porta do banheiro do quarto do hotel... E quem diz que a porta abre de volta?
Quando vimos que nem ele abriria por dentro nem eu por fora sem nenhuma ferramenta, ligo para a recepção para explicar, mas caio na gargalhada! O recepcionista ficou pensando que fosse uma brincadeira (de mau gosto), mas como insisti (rindo) que era sério, ele subiu correndo. Tudo correu bem, ele abriu as dobradiças e maridão saiu são e salvo!!!
- Saímos do hotel uma manhã e percebemos que estava chovendo um pouco. Como pegamos umas pancadas de chuva nos dias anteriores, melhor seria buscar o guarda-chuva que tinhamos comprado na véspera. A gente se olha, ninguém queria subir os 6 andares sem elevadores para buscar o dito cujo... maridão me diz: "é sempre eu! bem que tu poderias ir desta vez!". Ok, eu respondi. Ele, arrependido, diz: "não, deixa prá lá, eu vou". Mas eu muito boazinha (tinha dormido bem e estava de bom humor), decidi ir. Que arrependimento quando vi as escadas! Mas resolvi pedir um guarda-chuva emprestado na recepção (que era idêntico ao meu). Ao invés do marido ficar contente por ter uma mulher "esperta" e "astuciosa", ele ainda ficou bravo dizendo que nunca pensou que eu fosse assim preguiçosa!!! (ok, a brabeza dele dura uns 10 minutos).
- O tal famoso guarda-chuva emprestado... Nem cheguei a usar, pois abriu um sol. Mas fiquei caminhando o dia todo com ele... das 9 da manhã às 9 da noite... Até que percebi que tínha esquecido no restaurante! Que raiva, se soubesse que iria perder (no final do dia!) teria deixado em qualquer lugar logo pela manhã! E acabei devolvendo o meu no lugar do guarada-chuva perdido, já que eram idênticos, ninguém notou a diferença...
- Por volta do meio-dia fomos fazer um passeio ao longo dos antigos muros da cidade... cuja extensão é de cerca de 7km... Prevenida, eu queria comprar algo para comer antes de começar o passeio, mas o marido só pensa no aqui e agora, e não que a fome pode bater 1 hora mais tarde. Ainda teriamos que atravessar uma rua movimentada para encontra comida e ter que aguardar o próximo trem. Fomos assim mesmo. E quem diz que encontramos algo para comer no nosso caminho???
O meu bom humor estava começando a sair desse corpo e o marido começando a se sentir culpado, até que lá pela metade dos 7km, um anjo vem me salvar...
Detalhe da foto: o famoso guarda-chuva
O meu bom humor estava começando a sair desse corpo e o marido começando a se sentir culpado, até que lá pela metade dos 7km, um anjo vem me salvar...
- No último dia foi o meu sapato que não resistiu... Fui para o aeroporto com o sapato em final de vida, pois o outro calçado que eu tinha levado era um par de tênis, que não ficaria nada legal com o vestido que eu estava usando!
- No aeroporto me estresso com uma mulher vulgar e mal-educada. Ela foi fazer compras no Duty Free e eu sentei no lugar que ela deixou livre. Uma meia hora depois ela volta e diz: "esse lugar é meu". Fiquei sem reação, apenas respondi que não tinha o nome dela reservado. Mas ela começou a fazer um escandalo e resolvi me levantar, além disso o companheiro dela tinha umas conversas suspeitas no telefone, em lingaugem codificada, falando de dois carros com um certo "carregamento", que tudo tinha que estar preparado quando ele chegasse, e ele usava uns apelidos estranhos para se referir a cada um dos seus interlocutores. Melhor não me indispor com essa gente!
- O vôo de ida que tinha sido em um grande avião e com telas individuais, na volta foi um horror. Era um avião normal desses que fazem poucas distâncias, estava lotado e colocaram Sylvain e eu em lugares separados. No meio de fileira de 3. Preferi o lugar dele quando vi que tinha um senhor com jeito de simpático, e fiquei com medo que o tal casal ocupasse o outro lugar. Coitado do marido, que acabou ficando no meio de 2 jogadores de uma equipe de basquete! Esses jogadores, colocavam as pernas nos corredores (com mais de 2 metros cada um onde, mais poderiam colocar as pernas?) atrapalhando o trabalho dos comissários e os acessos ao banheiro... Sem contar o ambiente de colônia de férias que eles colocaram no avião, impedindo qualquer tranquilidade...
E você, tem alguma historinha para contar?
Resumo da história: "Tudo bem quando termina bem!!!"
4 comentários:
Repito mais uma vez, essas suas viagens sao maravilhosas. Vi que em fev fostes a veneza...muito bem! aproveitem a vida plenamente..viajar èe tudo de melhor...bjs
Oi Milena, adorei as histórias de viagem... vcs levam na boa, eu já me estressokkkk.
Mas eu fiquei com uma dúvida: como vcs se viraram com o problema do idioma na China? Minha chefe foi pra lá e disse que se não tivesse uma moça que falava mandarim a acompanhando ela não conseguiria nem andar no metrô!!! Vcs fizeram tudo soizinhos???
Bjocas.
Janinha, levamos numa boa pois não chega a ser nada grave, já que tudo foi muito planejado antes.
Na China fizemos tudo sozinhos mesmo. A língua é uma grande barreira, mas gostamos de nos virar. Nossa principal precaução foi de levarmos os nomes das cidades impressos nos ideogramas chineses para podermos comprar as passagens nas estações de trem lá.
Difícil era ler o cardápio em cidadesonde não vai muito turista estrangeiro, sem tradução em inglês e sem fotos... Nessa me dei mal, até comentei em outro post, um rapaz me traduziu em inglês aproximatico "porco e vegetais", mas quando chegou o prato eram cogumelos pretos, o único tipo que eu não suporto. Não consegui comer.
Mas acho que existe uma "linguagem universal", o sorriso e gestos, a gente se vira com eles em qualquer lugar! Mas acredita que mesmoos chineses ficavam espantados com a nossa viagens sozinhos? Pois láexistem muitas línguas e até eles não se entendem... Nossos vizinhos chineses dizem que não viajam pela Chinapq tem medo dos problemas de comunicação, ou quando eles voltam ao país, para visitar outras cidades é sempre com guias. Chinês, mesmo lá, viaja muito em grupos organizados.
Que historias gostosas de ler Milena. Apesar de não serem sempre engraçadas ( como carregar um guarda chuva o dia todo), são elas que tornam nossa viagem uma aventura.
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