segunda-feira, 30 de março de 2015

Dicas práticas para a sua primeira viagem à Europa

Quando estive recentemente em viagem de férias ao Brasil percebi que não deve ser nada fácil viajar ao exterior pela primeira vez e resolvi selecionar algumas informações que podem ser úteis aos passageiros de primeira viagem. Boa leitura e boa viagem!

1. Evite uma conexão muito apertada quando o vôo seguinte é de LONGA distância.
Exemplo: um trajeto Porto Alegre - Paris com conexão (troca de avião) no Rio ou em São Paulo.
Se o seu vôo de Porto Alegre atrasar, você terá muito pouco tempo de margem para conseguir recuperar o seu vôo para Paris, lembrando que se for uma outra companhia aérea precisará recuperar as bagagens, trocar de terminal, fazer novamente o check in, despachar a mala, passar novamente o controle. Se o atraso não for seu, você será colocado no próximo vôo, mas cada companhia só tem um ou dois vôos por dia, então você terá que esperar o dia seguinte...
Mas se for o inverso o problema não é tão grave, pois se o seu vôo da Europa chegar no Brasil atrasado, geralmente as opções são maiores para que você seja colocado no próximo vôo para a sua cidade.

2. Chegue cedo no aeroporto E se apresente para check in.
O horário do seu vôo é na teoria o horário em que o avião já deve estar com as portas fechadas e pronto para decolar. Então você precisa chegar cedo para: 
- encontrar o bom guichê da companhia aérea, fazer check in, despachar as malas (fila), passar o controle (fila) e procurar a porta de embarque. Tudo isso pode demorar, sem contar os imprevistos.

3. SEMPRE levar uma bagagem de mão "reforçada" com artigos necessários para no mínimo um dia, pois pode acontecer algum problema com a sua bagagem despachada.
Não se desespere, pois geralmente as bagagens perdidas chegam nas 24 horas seguintes à sua chegada (as vezes uma conexão muito apertada não permitiu que a bagagem fosse transferida de avião), mas pode demorar mais tempo. Já as bagagens perdidas para sempre restam bem mais raras. 
Pode ser uma mochila, mala, sacola de viagem; pouco importa, mas que possa FECHAR. Explico: essa bagagem ficará nos compartimentos superiores, que são compartilhados com outros passageiros, então melhor evitar que sacolas abertas deixem cair algum objeto ou que alguém mexa.

Aproveite e guarde sempre consigo todos os seus documentos organizados, como o passaporte, passagem de ida e volta, reserva de hotel, seguro, receitas médicas, dinheiro, cartão, etc. Você precisará mostrar um ou mesmo todos esses documentos antes de recuperar a sua mala.

3. Não deixe para passar o controle do aeroporto muito tarde (tem gente que chega cedo no aeroporto, faz check in mas perde o vôo porque demorou para passar o controle!). 
Eu sei, às vezes a família toda acompanha ao aeroporto e querem aproveitar até o último minuto, mas pode ser um risco. Caso o avião espere, lembre-se que você estará atrasando o vôo de muitas outras pessoas!
Porém, cuidado para não passar o controle MUITO cedo, pois se você tiver fome ou sede, tudo é mais caro na zona de embarque e as opções são mais limitadas.

4. Ao passar o controle para o voo internacional você vai encontrar muitas lojas "bonitas" e as vezes os preços são interessantes (se comprar confira se os os preços são afichados em reais ou dólares para evitar surpresas, mesmo se podemos pagar em reais, dólares ou mesmo euros). Entretanto fique atento ao seu vôo e eu sempre aconselho a ir se aproximando do seu portão de embarque, que as vezes fica BEM LONGE e exige uma certa caminhada. Telas indicam o estado do vôo e o portão de embarque.
A todo momento fique atento à sua bagagem de mão: ao visitar as lojas, ir ao banheiro, lanchar. Lembre-se que não é porque todos estão ali viajando e pagaram normalmente caro por uma passagem que são pessoas 100% honestas. Não confie em ninguém e não peça a estranhos para cuidar dos seus pertences. JAMAIS

5. Quando for anunciado o embarque para o seu vôo, normalmente as pessoas se organizam em fila. Quem embarca primeiro são os passageiros com carta de fidelidade VIP, pessoas com crianças, e por aí vai. Depois embarca a classe econômica em geral, mas atenção para as filas, ultimamente eles separam em duas ou mesmo 3 filas, de acordo com o número do assento (que está escrito no cartão de embarque)
Para que a pressa em entrar no avião? Algumas pessoas não ligam, mas se embarcamos no final pode ser que não tenha mais espaço disponível acima do seu assento para guardar a sua bagagem de mão, e aí você vai ter que guardá-la mais longe.

Durante o vôo:
6. Você tem o direito de reclinar a sua poltrona, mas é proibido antes e durante os processos de decolagem e aterrisagem.
Porém tenha a gentileza de levantar a sua poltrona DURANTE as refeições servidas no avião. Pense na pessoa que está sentada atrás de você, o quão difícil/ruim é comer com a poltrona da frente reclinada. Além disso, sempre que os comissários vêem eles vão chamar a sua atenção e pedir para levantar a poltrona.

7. Evite de chamar os comissários por qualquer razão. Sim, é o trabalho deles, mas eles têm muitos outros passageiros para se ocupar e outras tarefas. Saiba que após a decolagem e quando o sinal "apertem os cintos" estiver desligado você pode se levantar (e faz bem para a circulação). Aproveite para ir no fundo do avião (ou meio) e pedir água. As vezes já está disponível e nem precisa pedir.

8. Não jogue lixo no chão e não deixe uma bagunça ao redor de você. Pode parecer surpreendente dizer isso, pois a gente imagina que "pessoas que viajam" têm uma certa educação, mas quantas vezes vejo restos de comida, bebidas, papéis, plásticos, tudo jogado pelo chão. Para que o vôo seja agradável para todos depende de cada um.

Se você tiver problemas com odores fortes vindos dos pés, opte por um calçado confortável para a viagem e evite de tirar os calçados, os outros passageiros agradecem!

9. Ao chegar na Europa, você passa a imigração no primeiro país de chegada. Desça do avião com todos os seus pertences de mão, siga o fluxo que se encaminha para a imigração, fala a fila e na sua vez apresente o seu passaporte. Se você não fala inglês nem a língua local, eu aconselho a apresentar junto seu cartão de embarque e passagem de volta com os trajetos e datas em evidência com caneta marca-texto (europeu adora uma caneta marca-texto). Assim eles geralmente só olham e não perguntam nada. 

As perguntas que podem fazer: qual o destino final, quantos dias vai ficar, tipo de viagem (turismo, profissional), onde vai ficar hospedado (nesse caso mostrar confirmação do hotel ou carta de quem vai recebê-lo), quanto dinheiro está levando, se está levando seguro.
Se você não fala a língua eu recomendo apresentar todos os papéis em ordem (hospedagem, seguro, etc), mas se realmente você não entende e não mostra nada eles vão tentar encontrar um intérprete, mas melhor evitar toda essa demora, não é?

10. Após a imigração você pode recuperar a bagagem na esteira correspondente ao seu vôo (verificar as telas de informação) e quando estiver com toda a bagagem, procurar a saída (exit). Caso você ainda tenha uma conexão, melhor se informar antes de embarcar, mas normalmente:
- você só recupera a sua bagagem no país do seu destino final. Exemplo: se você vai para a Itália pela companhia TAP, passará pela imigração em Lisboa (Portugal) mas só pegará a sua mala ao chegar na Italia.
- Mas se você tiver uma conexão no MESMO país, você retira a bagagem ao chegar no país.
Exemplo: se você chega na Itália em Milão mas seu destino final é Roma e tem um vôo para essa cidade, você terá que pegar a mala ao chegar na Italia, ou seja, em Milão.
Caso a sua mala não aparecer na esteira ou estiver danificada, você precisa fazer a reclamação no balcão correspondente ANTES de sair dessa zona de bagagens.  Lembre-se de colocar etiquetas de identificação nas bagagens e certifique-se de saber descrever a sua mala (cor, tamanho, tipo de material, marca), pois será necessário para preencher os formulários. 

Provavelmente eu esqueci de algum detalhe, fiquem à vontade para contribuir ou perguntar.


Pronto para embarcar?

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ensino Superior na França

Na hora de escolher um curso ou área de estudos na França o aluno tem geralmente que optar entre uma Faculdade (Faculté) ou uma Grande Escola (Grand école). 
Mas qual é a diferença entre elas?

Custo:
As Universidades são gratuitas (ou quase, pois normalmente existe a tal taxa de inscrição) e são financiadas pelo governo. Já as Grandes Escolas são extremamente caras para os padrões franceses, mesmo se existem bolsas e também financiamento estudantil.

Seleção:
As universidades são relativamente acessíveis, os alunos estão sempre certos de conseguir entrar. Não existe vestibular como no Brasil, mas uma prova nacional realizada no final do equivalente francês ao Ensino Médio. Essa prova se chama BAC (baccalauréat) e é subdividida em:

- Bac geral, onde o aluno escolhe entre: Bac S (de cientifíco), Bac L (de literário), Bac ES (economia e social), de acordo com os estudos que pretende seguir.

- Também existe o Bac Tecnológico  e o Bac Pro (de profissional, para quem optou por uma escola técnica) para os alunos que foram orientados a seguirem um Ensino Médio tecnológico e profissional, geralmente de acordo com as notas, capacidades e ambições mostradas.

As notas na França também são dadas de forma diferente: o escore máximo é 20. Por exemplo, a gente diz que quem obteve o máximo tirou 20/20 (20 sobre 20), quem fez a metade 10/20 (10 sobre 20).

Os resultados da prova do BAC podem ser seguidos de uma "menção":
- Muito bem (TB) para uma média igual ou superior a 16
- Bem (B) para uma média igual ou supérior à 14, mas inferior a 16
- Relativamente Bem (AB): média igual ou superior a 12 e inférior a 14.

Já para as Grandes Escolas, geralmente o aluno tem que ter uma das "menções" listadas acima, passa um concurso de seleção e na maioria das vezes frequentou uma classe preparatória após o Bac. Ou seja, as Grandes Escolas são muito mais seletivas e exigentes.

Qualidade da Formação

A qualidade das universidades é considerada desigual, o aluno tem mais liberdade (inclusive não se exige presença, basta passar nos exames) e para o mercado de trabalho geralmente o ensino nas universidades é considerado laxista e que não prepara suficientemente.
Considera-se que as Grandes Escolas possuem mais recursos e que os meios pedagógicos e materiais são infinitamente superiores.
Mas cuidado na hora de escolher, pois provavelmente se a Escola escolhida não estiver na lista das melhores da França, o aluno vai pagar caro e vai sofrer para conseguir um emprego "bom" após a formatura, pois as empresas são bem seletivas e menosprezam as Escolas com reputação ruim e as vezes nem dão chance ao candidato de se apresentar para uma entrevista.

Reputação
Os profisssonais bem colocados no mercado (PDGs e outros cargos importantes, políticos, etc) são geralmente oriundos das Grandes Escolas (Commerce, Polytechnique, Sciences Politiques), o que faz a força dessas e a má reputação das Universidades.

Inserção no Mercado de Trabalho
Os estudos indicam que 80% dos diplomados das Grandes Escolas conseguem um emprego em 6 meses, enquanto que para os diplomados das Universidades esse índice demora entre 24 e 36 meses para ser atingido.

Observações:

Para se tornar Engenheiro, trabalhar em Administração, Comércio* e Finanças, o melhor caminho são as Grandes Escolas

A universidade é seguida por quem deseja fazer Direito ou as áreas da saúde, dentre outras, é claro. O primeiro ano de Medicina, Odontologia, Farmácia e estudos opara se tornar "enfermeira obstétrica" é comum a todas essas áreas. Para se formar em Médico Generalista são necessários 9 anos de estudos, e de acordo com os anos os estudantes vão sendo eliminados.

Minha experiência:

Pelo que tenho observado, a França é bem "fechada" e dá muito valor à formação acadêmica. Se você não estudou na "escola" ou "universidade" CERTA, as portas serão bem mais difíceis de abrir. Fica mais difícil conseguir um estágio e mais tarde conseguir um emprego "bom", principalmente no contexto atual de desemprego que atinge particularmente os jovens, mesmo os diplomados.

* Como Comércio falamos de cargos mais seletivos em empresas que fazem comércio de seus serviços, envolvendo estratégias, planejamento e análise de vendas. Para ser um vendedor em uma loja não é obrigatório, mesmo se muitos seguiram estudos intermediários na área.





segunda-feira, 16 de março de 2015

Lugares que nos deixam com uma imensa vontade de voltar...

Quando a gente gosta de viajar e conhecer lugares e culturas diferentes, um dilema se impõe: como conhecer todos os destinos com os quais sonhamos em uma vida tão curta, em meio à tantas obrigações do dia a dia (trabalho, família, orçamento)?

Mesmo o mundo sendo tão vasto, alguns destinos nos dão vontade de voltar... E não é nada fácil tomar uma decisão e escolher entre o desconhecido ou o conhecido que nos deixou com vontade de conhecer mais!

Creio que eu poderia voltar tranquilamente e feliz em quase todos os lugares onde já estive, mas resolvi pensar melhor no assunto e  colocar no papel (ou melhor, no blog) uma lista não exaustiva dos destinos nos auqis ainda tenho vontade de ver e fazer muitas coisas. Não necessariamente nessa ordem!

1. Paris

Paris foi a primeira cidade da Europa que conheci e meu grande amor. 
Eu imaginava uma cidade cara, cheia de turistas e estrangeiros, e é assim mesmo mas eu a amo mesmo assim!
Talvez não tenha sido por acaso que também me apaixonei por um quase-parisiense (a alma dele é parisiense) e que por aqui fiquei. E mesmo se moro a 10 minutos de Paris (e não em Paris mesmo) não me canso dessa cidade! Eh ali que se concentram a maioria das nossas saídas: restaurantes, bares, cinema, teatro, exposições... Paris faz parte da minha vida, sinto saudades quando estou longe e ainda considero uma das cidades mais belas da Europa e do mundo.
Se ainda não veio, venha você também!

2. Pequim / Beijing

Quem acompanhou um pouco as minhas viagens sabe que sou apaixonada pela China e voltei ainda mais fascinada após viagem que fiz para lá em 2012. Tudo por lá é tão diferente da Europa ou dos outros países que conheci, mas ao mesmo tempo me senti tão bem que eu poderia morar mesmo na China, o único problema seria a poluição das grandes cidades (que durante a nossa viagem não chegou a nos incomodar, parece que tivemos sorte) e acho que eu não poderia contar com a companhia do marido, que teria dificuldades em abrir mão de Paris.
Sonho em retornar, quem sabe daqui uns 15 anos (acho que vai ser difícil antes, temos outras prioridades), não apenas em Pequim, mas rever a Grande Muralha da China, outras cidades que tanto amei e outras que infelizmente tivemos que deixar para outra ocasião, mas que povoam meus sonhos de viagens.

3. Nápoles

A Italia inteira é um convite para voltar, mas Nápoles me atrai como um imã, é difícil de explicar. Dizem que é uma cidade perigosa e suja, mas em meio a um certo caos eu encontro meu equilíbrio e me sinto em casa, em total liberdade. Foi uma paixão tão intensa que ao voltar da primeira viagem já comprei passagens para uma segunda vez! E aqui em casa até virou uma piadinha, quando não temos nada para fazer e não tivemos tempo para orgnizar nada mais elaborado dizemos: vamos para Nápoles?
Mas da Italia sempre voltamos com a sensação de que deixamos de ver e viver muitas coisas, então temos que voltar em Roma, Milão, Veneza e Florença, isso é certo.

4. Praga


Sempre sonhei com Praga e adorei minha viagem em pleno verão Europeu. Porém na minha cabeça essa cidade combina com o inverno e eu sonho com as ruas geladas de Praga e atravessar a ponte cedo pela manhã com muita névoa e poucos turistas... 

5. Londres


Quem não gosta de Londres? Ops, eu... Não é bem assim, mas na minha primeira viagem a Londres voltei bem decepcionada. Não achei uma cidade bonita, praticamente não temos contato com ingleses em uma viagem de turismo e não me senti bem por lá, achei tudo frio e distante... Mas ao mesmo tempo não consigo deixar de voltar. Tem o fato de ser tão "pertinho" da minha casa que acabo voltando todos os anos para uma exposição, compras, bater perna ou simplesmente sentar em um café e ver a vida passar.

6. Rio de Janeiro
A cidade é linda, as praias, o mar... Como eu queria voltar!

Infelizmente achei uma cidade pouco prática, não é tão fácil se virar em transportes públicos, o que sempre preferimos nas nossas andanças por aí e a gente fica um pouco perdido nesses detalhes práticos. 
Em qualquer lugar do mundo, na China, Tailândia, na Russia, mesmo sem falar a língua a gente consegue se virar e ir para qualquer lugar, mas no Rio a gente perguntava como chegar em tal lugar e nos diziam que tinha que ser de taxi! Nada contra os taxistas, que precisam trabalhar, mas particularmente não é meu passatempo preferido o de ver a cidade através dos vidros de um carro, que são uma barreira para os sentidos.
Gosto de estar no meio do povão!

7. Buenos Aires
Foi minha primeira viagem ao exterior, acho que em 2006, por isso me lembro com muito carinho. Sempre quis voltar, mas a ocasião nunca se apresentou até então, agora que moro tão longe e meus dias na América do Sul são sempre contadinhos. Porém a cada dia aumenta a minha vontade e sonho em mostrar Buenos Aires ao meu marido, assim como todos os lugares que marcaram o meu passado.
Infelizmente não consegui encontrar nenhuma foto dessa época.

8. Bangkok

A capital da Tailândia não tem mais muita coisa a ver com as imagens que tinham ficado na minha cabeça da antiga capital do Sião, mas ainda assim é um lugar surpreendente! Não me cansei dos templos, das comidas de rua, da animação noturna e das massagens tailandesas em todos os lugares. Já fico sonhando em passar 2 dias por lá a cada nova viagem que gostaria de fazer pela Asia. Será que vai dar?

9. Luxor


Luxor é tudo o que eu imaginava no que diz respeito ao Egito Antigo. Posso ficar horas e horas admirando o tempo de Karnak ou o de Luxor e poderia ir centenas de vezes visitar o Vale dos Reis. Se eu fosse "condenada" a repetir todos os anos a mesma viagem, com certeza seria um cruzeiro pelo Nilo, tendo como ponto de partida e chegada Luxor.

10. Antalya

Adorei a minha primeira viagem à Turquia para visitar Istanbul, mas foi mais tarde Antalya que deixou um gostinho doce na minha boca. O clima de praia com aquela água linda, as cores, tão perto das antigas cidades gregas e romanas e um clima de total liberdade. Existem mesquitas sim, o povo é muçulmano e ouvimos as 5 preces diarias (o que é muito bonito), mas é uma mistura entre moderno e antigo difícil de definir, mas eu poderia passar horas passeando por aquelas ruelas e sentar olhando o mar. Além, é claro, da possibilidade de conhecer os arredores!

E você, para quais lugares você morre de vontade de voltar?

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segunda-feira, 9 de março de 2015

Como é ter 35 anos?

Quando eu era jovem (lá pelos meus 20 anos) eu imaginava que com 30 anos para estar realizada as pessoas deveriam estar no auge da carreira, casadas, com o primeiro filho, casa própria, carro do ano...

E tudo tinha começado bem para mim, até que aos 28 anos dei uma reviravolta na minha vida, saí da minha zona de conforto e então aos 30 anos não foi nada do que eu imaginava...

Eu também imaginava que 35 anos era um passo para os 40, e que com essa idade já não podemos mais fazer muitas coisas, nem se vestir de qualquer forma... Que, enfim, com 35 anos já seria uma "senhora". Do tipo "cabelo comprido não fica bem", "não se pode mais usar mini-saia, biquini ou shortinho". Que bobagem!

Mas não é que o tempo passa, e mesmo se diante da equipe na casa dos 20 anos que eu supervisiono eu me sinta um pouco "tia" e sei que não fazemos parte da mesma geração, eu me olho no espelho e ainda me sinto JOVEM!!!
Claro, as ruguinhas insistem em aparecer, os olhos ficam mais facilmente marcados após uma noite mal dormida, mas eu sei que ainda posso fazer tudo o que quero, existe vida sim após os 30 e após os 35 anos!!! Podemos cair e nos levatar muitas vezes.

Inclusive fiz as pazes com o espelho e a balança, parei de dar tanta importância ao que antes me parecia fundamental. Sou vaidosa sim, aprendi a cuidar da minha pele, não saio de casa sem "filtro solar", o nosso envelope corporal é um só e temos que cuidar dele pois precisaremos do mesmo durante a vida inteira, que é cada vez mais longa! Mas não vamos julgar ninguém pelas unhas, cabelo, pela balança, status social ou conta em banco. Uma mulher é muito mais do que esse envelope corporal e os bens que ela adquire.

Porém não vou ser hipócrita e negar algumas coisas que parecem tabu entre as mulheres da vida idade e mais. Parece que temos que contar vantagem e dizer que tudo é maravilhoso e melhor do que quando éramos "mais jovens", mas sinceramente, no meu caso e conversando com algumas amigas notamos algumas diferenças: eu me canso mais facilmente do corre-corre do dia a dia, preciso de mais tempo para descansar e recarregar as baterias, antes não sentia a diferença de fuso horário e agora preciso de alguns dias para me recuperar de uma viagem , meu relógio biológico entra em curto circuito!

O jeito é cada um estar atento às suas fragilidades e limites e aprender a lidar com eles.

Mas enfim, estou pronta para viver intensa e plenamente a minha vida!

Parabéns para mim e para todas as mulheres que aceitam essa benção que é viver cada dia que passa...
 *Esse foi o meu bolo de aniversário, feito inteiramente pelo maridão.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Florença, uma das mais belas cidades da Europa

O acaso tinha feito com que eu nunca tivesse colocado os meus pés em Florença, e na minha cabeça não era uma cidade no topo das minhas prioridades. Mas foi de tanto o meu marido insistir "quando iremos à Florença?" e amigos e conhecidos nos olhando atravessado "o quê??? Vocês não conhecem Florença??" que aproveitei as folgas no início do ano e reservei 2 passagens de avião.


Assim que chegamos, apesar de ser uma cidade (falo de seu centro histórico) pequena, em que tudo pode e deve ser feito à pé, a primeira sensação foi de "ai meu Deus, nunca poderemos visitar tudo em 4 dias e 3 noites!"

Sem dúvida Florença é uma das mais belas cidades da Itália e, para mim, mesmo uma das mais belas do mundo! Creio que é uma das cidades com maior densidade de obras de arte por metro quadrado. Nessa cidade símbolo vivo da Renascença, comerciantes e banqueiros dos séculos XIV e XV construíram prédios magníficos para ostentar seus poderes e influências. 

Em Florença os artistas nunca faltaram! Nunca é demais citar Giotto, Michelangelo (símbolo de Firenze), Donattelo, Dante...



A cúpula da catedral projetada pelo escultor-arquiteto Brunelleschi foi uma proeza para a época. Em 1436 ele conseguiu ultrapassar as cúpulas de Pisa e Siena de 100m de altura e 42 de diâmetro (Botticelli tinha tentado anteriormente, sem sucesso). Porém a decoração externa em mármore verde e bege é bem toscana! O interior da catedral é de uma grande simplicidade, com exceção das pinturas ao interior da cúpula que representam o Julgamento Final (são de dar medo!) realizadas por Vasari e Zuccari.


Nosso lugar preferido em Firenze foi a Piazza della Signoria, dominada pelo Palazzo Vecchio que, ao primeiro olhar, com seus ares medievais e militares não deixa transparecer o luxuoso interior reorganizado por Vasari (século XVI, ainda ele) para Cosme I, esse Médicis que criou a República da Toscana.

Plaza della Signoria



Ainda mais charmosa é Loggia dei Lanzi (verdadeiro museu a céu aberto com esculturas fantásticas da Renascença como o Perseu, de Benvenuto Cellini e O Rapto das Sabinas, de Giambologna).


Nessa praça também encontramos a estátua equestre de Cosme I de Médicis (por Giambologna), uma cópia da Judith de Donatello (a original está no interior do Palazzo Vecchio), A Fonte de Netuno, cujo Netuno foi realizado por Ammannati e a fonte com as Nínfeas por Giambologna. Esse Netuno foi considerado medíocre para a época e conta-se que Michelangelo a cada vez que por ali passava comentava: "que disperdício de bom mármore!".
 O David de Michelangelo e o Netuno de Ammannati
Alias, também podemos admirar uma cópia em mármore do famoso David de Michelangelo, de proporções reduzidas. O verdadeiro ali esteve até 1873 e atualmente se encontra na Galleria dell'Accademia. São 5.17m de altura e 5,5 toneladas que os mais interessados não deixarão de conferir de perto!

Uma passada pela Ponte Vecchio e algumas horas da Galeria dos Ofícios (Galleria degli Uffizi) para admirar dentre outras obras-prima o Nascimento de Vênus, de Botticelli...





Com tudo isso você acha que acabou e que viu tudo de Florença? Ledo engano...