Quando saímos do Kunsthistorisches Museum queríamos ver a exposição Klimt no Leopold Museum, cujos cartazes estavam espalhados por todos os cantos da cidade!
Mas a fome era grande e decidimos dar uma passadinha do Naschmarkt para ver os stands e almoçar por ali! Além de ser uma enorme feira de frutas, legumes, flores, etc, existem vários "mini-restaurantes" onde os vienenses (e turistas, por que não?) adoram se encontrar para um almoço tardio, um happy hour ou jantar.
Era justamente um sábado, dia de maior movimentação, e realmente era difícil escolher um lugar para comer. restaurantes de frutos do mar, tradicional austríaco, orientais, asiáticos, indianos. Infelizmente a fome era tanta (ainda mais com todos aqueles cheiros e vendo tanta gente comer) e tinha tanta gente que nem fizemos fotos dos restaurantes e acabamos escolhendo um vietnamita. O Naschmarkt é uma experiência única, realmente recomendo!
Devidamente ressaciados, nos dirigimos ao Leopold Museum, que fica no MuseumsQuartier (bairro dos museus), um dos 10 mais vastos complexos culturais do mundo.
O Leopold é considerado um dos grandes museus da Austria, com a sua coleção de cerca de 5 mil peças dos séculos XIX e XX tendo pertencido ao Dr. Rudolf Leopold e adquiridas pelo Estado em 1994. O dr. leopold tinha uma preferência pelas obras de Egon Schiele, mas colecionou igualmente obras de Klimt e Oskar Kokoschka.
Em relação à Klimt, a exposição temporária tratava principalmente da relação do artista com Emile Flöge (foto abaixo), sua musa e amante, em particular a correspondência trocada entre eles durante anos.
A morte e a vida, uma obra muito conhecida.
A árvore da vida, outra obra emblemática.
Essa é mais do início da sua carreira, quando ele printava de uma forma parecida com o impressionismo e com certas pinceladas lembrando Van Gogh.
Porém, foi tanta informação que terei que ler a sua biografia para tentar entender um pouco a vida dele...
O museu Leopold, que abriga uma coleção remarcável de arte austríaca, mostrando uma evolução do Judendstill ao expressionismo (sem deixar de lado a Secessão), é conhecido mundialmente pela sua coleção de obras de Egon Schiele, considerada a coleção privada mais importante do mundo.
O trabalho desse jovem artista, falecido aos 28 anos de gripe espanhola, não nos deixa indiferentes.
Vale lembrar que os austríacos sofreram muito durante a primeira guerra mundial e em 1918, ao final, Viena (para não dizer a Austria inteira) sofria enormemente de dificuldades financeiras, o que ocasiounou um período de fome. O dinheiro não valia maos nada, quase não se tinha mais nada para comprar para comer, e mesmo muitos ricos ou pessoas que tinham economizado a vida inteira perderam tudo.
Esposa de Schiele, falecida no mesmo ano (1918) de gripe espanhola, grávida de 6 meses do primeiro filho do casal.
O artista em um de suas centenas de auto-retratos
Infelizmente a parte Schiele do museu Leopold foi uma imensa decepção para o Sylvain que admira muito a obra do artista e sonhava em conhecer esse local. Apenas umas 20 pinturas são apresentadas de cada vez. Perguntamos aos funcionários e eles nos explicaram que o museu possui mais de 400 pinturas e desenhos de Schiele, mas apresenta no máximo umas 20 de cada vez! Muitas das mais importantes pinturas são apresentadas somente em ocasiões MUITO especiais, e algumas nunca nem foram apresentadas!!! Mesmo as pinturas que aparecem na capa dos livros do museu não são apresentadas, como essa aqui, com um dos auto-retratos mais conhecidos dele:
Posso dizer que na caixinha de sugestões e reclamações deixamos algumas mensagens indignadas sobre isso, que nos sentimos enganados, já que o museu vende essa imagem das 400 obras do artista, com um catálogo completo, mas chegando lá nos deparamos com duas dezenas de obras de menor importância. Escrevemos em inglês, francês e português as mensagens, deixamos contato por e-mail, e até hoje nunca recebemos uma resposta!!!
Informações práticas:
Leopold Museum
Aberto das 10 às 18h, quintas até às 21h. fechados às terças.
Ingresso: 12 euros.
4 comentários:
Acho que é uma estratégia para obrigar o interessado a voltar. O Louvre não é mestre em fazer o mesmo?
Claro que é uma estratégia para que o interessado volte muitas vezes... mas eu já não acho que seja o mesmo no Louvre. Por exemplo, a Gioconda está sempre lá, assim como as demais obras de Leonardo da Vinci e as obras mais importantes. Quando elas não estão lá, estão emprestadas ou em restauração. Mas claro que o Louvre conta com uma coleção imensa que nunca é exposta pq eles não tem lugar, mas pelo menos eles néao ficam divulgando que possuem essas obras, entende? Por exepmo, há pouco tempo o Louvre adquiriu uma obra importante de Cranach e ela foi imediatamente exposta...
Olá Milena
Não conheci o Leopold Museum, optei pelo MUMOK. Nada mais decepcionante do que ir num museu enão conseguir ver as obras mais bacanas de um pintor.
Beijos
Uau, babei literalmente.
Sou doida para conhecer Viena.
Adoro Klimt.
Um dos meus passeios preferidos e andar pelas feiras.
bjs
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